Qual o provável futuro dos restaurantes self-service pós-Covid-19?
A pandemia da Covid-19, doença causada em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus, trouxe algumas incertezas para o mercado de modo geral. Com a exigência das medidas de distanciamento social adotadas em algumas partes do país, estabelecimentos dos mais diversos nichos de atuação precisaram fechar suas portas, o que exigiu de seus gestores inovação para continuar operando. Nesse sentido, qual será o futuro dos restaurantes self-service depois que essa crise passar?
Elaboramos este conteúdo para que você confira os principais pontos sobre o assunto. Continue a leitura e tire suas dúvidas!
Atual cenário dos restaurantes self-service
Restaurantes e outros tipos de negócio em alguns locais do país tiveram que fechar as suas portas em cumprimento aos decretos de isolamento social implementados pelas prefeituras – uma vez que essa é a principal medida de contenção de novos casos.
Isso obrigou os gestores que queriam continuar no mercado a mudar sua rotina de trabalho. Para quem já atuava com a possibilidade de atender os clientes por meio de aplicativos ou telefone, a adaptação foi mais tranquila, uma vez que a equipe já estava habituada com o delivery e o estabelecimento já estava presente nas plataformas mais conhecidas pelo público.
No entanto, estabelecimentos que não contavam com essas funcionalidades precisaram começar do zero. Em alguns casos, proprietários optaram por fechar as portas até que houvesse novos decretos por parte das autoridades.
Mudanças necessárias quando houver o relaxamento
As expectativas para quando as prefeituras liberarem o funcionamento de bares e restaurantes são muitas, especialmente naqueles locais onde não há nada definido sobre o retorno. Especula-se não apenas sobre quando será, mas também sobre os protocolos a serem seguidos que serão exigidos pelos órgãos municipais assim que houver o relaxamento, como medidas de segurança e sanitárias.
Inclusive, a Studiolno escreveu uma proposta de protocolo a ser seguida pelos estabelecimentos, apresentando os principais pontos de atenção. Em um cenário de reabertura, quais são os principais cuidados a serem tomados? Um estabelecimento comercial precisa analisar dois aspectos principais: como estabelecer mudanças para mitigar o risco de contágio da Covid-19 e como transmitir segurança para quem frequenta o seu espaço.
Para isso, é preciso adotar procedimentos que reduzam a contaminação, como disponibilizar álcool em gel em diversos locais do estabelecimento, manter a distância recomendada pelas autoridades de saúde, não lotar os espaços, conservar o ambiente arejado, adotar um cronograma de limpeza, conhecer as principais medidas adotadas pelos fornecedores de alimentos, ter precauções no transporte de alimentos, entre outros.
Criar áreas separadas dentro de um mesmo restaurante também é uma medida que pode ser pensada pelos gestores, de modo a evitar o contato físico dentro de um espaço em comum. Não se deve esquecer, ainda, de estar atento ao ar-condicionado, mantendo a sua manutenção e limpeza em dia.
Apesar de serem medidas aparentemente negativas para a experiência do cliente, será fundamental estabelecer modificações no modo de operação de seu estabelecimento, justamente para trazer segurança ao seu público e também aos colaboradores.
A mobília dos restaurantes nessa nova rotina
Em algumas regiões do país, já existe a possibilidade de restaurantes reabrirem as portas e retomarem suas atividades. Na maioria delas, o distanciamento ainda é exigido, com o objetivo de evitar o máximo possível o contato entre os clientes em um único espaço.
Por essa razão, algo que gera dúvida entre os gestores é se há a necessidade ou não de trocar sua mobília, uma vez que o atendimento, em um contexto pós-pandemia, precisará ser revisto.
De acordo com Emmanuel Melo, membro profissional da Sociedade Internacional de Consultores de FoodService, desginer e diretor da Studiolno, as projeções feitas indicam que não haverá necessidade de uma reestruturação dos estabelecimentos. No período de reabertura desses espaços, a economia ainda vai apresentar sinais de enfraquecimento devido ao longo tempo em que os principais tipos de comércio ficaram de portas fechadas. Por essa razão, é preciso repensar os gastos e avaliar quais são as principais necessidades de investimento a partir de agora.
No entanto, é preciso pensar no desenvolvimento de dispositivos simples e de baixo custo para que haja barreiras entre os frequentadores dos espaços. Biombos e protetores salivares, por exemplo, que podem ser retirados assim que existir uma vacina para a doença, permitem que várias salas sejam criadas para que membros de uma mesma família possam interagir sem contato com outras pessoas – exceto os profissionais do estabelecimento.
Expectativas para o futuro dos restaurantes
Alguns restaurantes estão funcionando mesmo com a crise da Covid-19, como os institucionais, que operam em empresas e instituições consideradas essenciais (hospitais, por exemplo) e que não pararam suas atividades. Para esses estabelecimentos, o retorno dificilmente vai impactar o trabalho e a rotina, bem como o funcionamento seguirá da mesma forma como no período pré-pandemia.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, no que diz respeito ao segmento comercial, estima-se que cerca de 30% dos estabelecimentos de pequeno porte não retornarão às suas atividades, uma vez que pequenos empreendimentos não tinham capital de giro para manter o fluxo de caixa por dois meses sem entrada de recursos.
Já para empresas mais estruturadas, além de restaurantes de franquias, o movimento vai aumentar de acordo com o crescimento da confiança em frequentar espaços comuns, como shoppings. Os empreendimentos de luxo e de grande porte seguem a mesma tendência, aplicando inicialmente um fluxo diferenciado – trabalhando apenas com reserva, por exemplo –, além de adotar todas as medidas necessárias para que o público sinta-se seguro.
Serviços em restaurantes self-service
Devido ao modo como opera, o impacto foi mais significativo nesse tipo de restaurante. Diariamente, centenas de pessoas passavam por esses locais compartilhando talheres, indo ao estabelecimento acompanhadas e, em alguns casos, inclusive conversando enquanto se serviam – atitudes completamente contrárias às recomendadas pelas autoridades de saúde para evitar a propagação da doença.
Por essa razão, esse tipo de empreendimento terá dificuldade para retomar as atividades. Será preciso repensar o sistema de serviço, e os equipamentos utilizados deverão passar por alguma adaptação. Em um contexto inicial, não se pode imaginar alimentos expostos e pessoas em fila para que possam se servir, por exemplo.
Dessa forma, é preciso utilizar uma quantidade maior de alimentos pré-embalados, de modo que as opções possam ser retiradas pelo consumidor com o mínimo contato possível. Haverá a necessidade, portanto, de desenvolver projetos específicos para que esses gargalos sejam superados, de modo que os estabelecimentos possam ser reabertos oferecendo segurança aos seus clientes e também aos seus profissionais.
Neste conteúdo, você pôde conferir quais são as principais perspectivas em relação ao futuro dos restaurantes em um contexto pós-pandemia. Esse processo vai depender dos decretos municipais de cada região, mas será preciso oferecer todo o suporte necessário para que seus clientes sintam que estão seguros e em um ambiente com baixa probabilidade de contaminação, além de ficar por dentro de todas as normas estabelecidas pelas autoridades locais.
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